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Financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país vai somar R$ 364,22 bilhões

O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões). O anúncio foi grito pelo governo federal durante cerimônia realizada na terça-feira (27).



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O desempenho veio em meio a um aumento no volume produzido na segunda safra 2021/22 Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

O plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país vai somar R$ 364,22 bilhões para o financiamento da atividade agropecuária de médio e grandes produtores até junho de 2024. O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões). O anúncio foi grito pelo governo federal durante cerimônia realizada na terça-feira (27).

Os recursos são destinados para o crédito rural para produtores que fazem parte do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, e R$ 92,1 bilhões serão para investimentos.

As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores inseridos no Pronamp e de 12% ao ano para os demais. Em relação a investimentos, variam entre 7% e 12,5% de acordo com o programa.

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil, Carlos Fávaro, celebrou o lançamento do Plano Safra 2023/2024. “O plano safra que é a união do campo, mas que também é a união da cidade. Que gera emprego na indústria, que gera emprego na cidade, que gera bem-estar, que gera a melhoria de vida para as pessoas”, diz.

Representando os produtores rurais na cerimônia, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, comentou sobre as expectativas para o setor com o Plano Safra.

“Temos grandes expectativas em relação aos avanços propostos pelo governo, que inclui o destravamento dos investimentos em infraestrutura e desburocratização. O setor aguarda com ansiedade uma reforma tributária que elimine as distorções e forneça ainda mais a competitividade do agro brasileiro, possibilitando o aumento das exportações, gerando mais empregos, desenvolvimento social e econômico para o Brasil”, afirmou.

Sustentabilidade

Um dos diferenciais do Plano Safra empresarial deste ano é a busca por incentivar sistemas de produção ambientalmente sustentáveis.

Serão premiados os produtores rurais que já estão com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado e aqueles produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.

Na ocasião, a Ministra e Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que o objetivo do Plano Safra é encontrar mecanismos viáveis de apoio ao setor agropecuário brasileiro para incentivar os produtores rurais a aderirem uma transição para uma economia de baixo carbono.

“A ideia é torná-lo gradativamente um importante indutor de ação de práticas produtivas, orientadas à sustentabilidade ambiental e a expansão da agricultura de baixo carbono por meio de incentivos financeiros, destacadamente a concessão de crédito com taxas de juros mais reduzidos para aqueles que têm boas práticas”, ressaltou.

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