O setor de bioinsumos no Brasil está em crescimento, consolidando-se como um dos pilares da agricultura moderna e sustentável. De acordo com a pesquisa realizada pela CropLife Brasil em parceria com a Blink e a Marketstrat, o mercado de bioinsumos no país tem apresentado avanços notáveis tanto em termos de adoção quanto de inovação tecnológica.
Globalmente, o mercado de bioinsumos está avaliado entre US$ 13 e 15 bilhões em 2023, com uma previsão de crescimento anual entre 13% e 14% até 2032, alcançando US$ 45 bilhões. No Brasil, o crescimento é ainda mais acelerado, com uma taxa média anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes acima da média global. As vendas de bioinsumos no Brasil atingiram R$ 5 bilhões na safra 2023/2024, refletindo a crescente demanda por soluções agrícolas mais sustentáveis?.
Os bioinsumos são amplamente utilizados nas principais culturas brasileiras, com a soja liderando o uso (55%), seguida por milho (27%) e cana-de-açúcar (12%) Regionalmente, o Mato Grosso se destaca com 33,4% do uso de produtos biológicos agrícolas, seguido por Goiás/Distrito Federal (13%) e São Paulo (9%).
O setor de bioinsumos não só promove uma agricultura mais sustentável, mas também tem um impacto significativo na economia. Em 2022, a indústria de bioinsumos arrecadou R$ 472,6 milhões em tributos. Além disso, gerou aproximadamente 55 mil empregos diretos, com um nível de qualificação elevado: 46% dos colaboradores possuem ensino superior completo, uma média muito superior à nacional de 16%.
A pesquisa e desenvolvimento (P&D) são fundamentais para o avanço do setor. As 23 empresas associadas à Câmara de Bioinsumos da CropLife Brasil representam 80% do mercado de P&D, com investimentos que somaram R$ 81 milhões em 2022 Esses investimentos são direcionados para o desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade, e suporte técnico, contribuindo para a profissionalização e expansão da indústria.
Apesar do cenário promissor, o setor enfrenta desafios, como questões climáticas e a regularização dos estoques.