Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Em mensagens obtidas pela PF, militar explica recuo de Bolsonaro citando golpe fracassado no Peru

Conversa entre tenente-coronel Sérgio Cavaliere e coronel Gustavo Gomes consta em relatório da Polícia Federal



- Advertisement -
Em mensagens obtidas pela PF, militar explica recuo de Bolsonaro citando golpe fracassado no Peru

Em uma troca de mensagens obtida pela Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Sérgio Cavaliere cita um golpe de Estado fracassado no Peru, em dezembro de 2022, ao explicar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não avançaria no plano para uma ruptura institucional no Brasil.

Os prints que constam no relatório da PF que apurou a tentativa de golpe no país após a eleição presidencial de 2022 são de uma conversa entre Cavaliere e o coronel Gustavo Gomes.

O que diz a PF

“No dia 20/12/2022, o Coronel GUSTAVO GOMES pergunta se há ‘algo novo no front’. Na resposta, SÉRGIO CAVALIERE cita novamente MAURO CID como fonte, afirmando que ‘não vai rolar nada’. Na continuidade do áudio, o investigado ratifica, que o Alto Comando do Exército não aderiu ao golpe e que a Marinha aceitou, mas necessitaria da participação de outra Força, pois ‘não guenta a porrada que vai tomar sozinha’”, diz trecho do relatório da PF.

“Em seguida, CAVALIERE profere ataques aos integrantes do Alto Comando dizendo ‘nossos líderes, formados naquela escola de prostitutas né, por escolherem um lado, o seu lado lado pessoal, em detrimento do povo’. Na sequência do áudio, CAVALIERE explica o motivo de o então presidente JAIR BOLSONARO não ter publicado o decreto golpista, que estava pronto, diz: ‘E o presidente não vai embarcar sozinho porque pode acontecer o mesmo que no Peru. Ele está com decreto pronto ele assina e aí ninguém vai ele vai preso. Então não vai arriscar (…)’”, continua o documento.

Em 7 de dezembro de 2022, o então presidente do Peru, Pedro Castillo, dissolveu parcialmente o Congresso do país e convocou novas eleições.

A atitude foi rechaçada por outros políticos do país, incluindo a vice-presidente e as Forças Armadas. Pouco tempo depois, o Congresso do país vizinho aprovou uma moção para o impeachment de Castillo, que foi detido pela polícia.



Últimas Notícias





Veja outras notícias aqui ▼