O Duelo na Fronteira, considerado patrimônio cultural imaterial rondoniense, é parte integrante das manifestações culturais conhecidas como Boi-Bumbá, ou Bumba meu Boi no Maranhão, e desempenha um papel central na identidade das regiões Nordeste e Norte do Brasil.
Na região Norte, essas manifestações passaram por um processo de (re)tradicionalização, iniciado em Parintins, com a incorporação de elementos das culturas dos povos amazônicos, como a cunhã-poranga e os rituais indígenas, além de influências das culturas afro-brasileiras presentes no Carnaval. No contexto do Duelo na Fronteira, há um aspecto adicional, pois se trata de uma manifestação cultural binacional, que abrange as cidades irmãs de Guajará-Mirim, no Brasil e Guayaramerín na Bolívia.
O historiador e especialista em preservação do patrimônio cultural, histórico e artístico de Rondônia, Alécio Valois destacou a relevância dessa iniciativa. “Essa ação, além de demonstrar o compromisso do Estado com as manifestações culturais que fazem parte da memória e da identidade cultural do povo rondoniense, permitirá que o Estado cumpra seu dever de zelar, preservar e cuidar do patrimônio histórico-cultural deste mesmo povo”, enfatizou.
O secretário de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Júnior Lopes disse que, o Duelo é uma ponte entre as nossas fronteiras e uma expressão rica da nossa cultura. “É fundamental que reconheçamos e possamos proteger as tradições que definem a nossa cultura. Estamos comprometidos em apoiar e promover nosso patrimônio cultural”, concluiu.