“Eu nunca participei de rodinhas porque não quero incomodar jogadores em momentos como esse. Caso eu sinta que o grupo esteja muito nervoso ou muito tranquilo, é natural que eu tenha que interferir, não foi o caso. Estava procurando o próprio Alisson para ter uma conversa mais detalhada com ele, o quarto árbitro havia me chamado um pouco distante da roda, pedindo para que fizesse o corte de um atleta, já que o Uruguai havia perdido um jogador por expulsão, que ele não deveria fazer parte. Eu não sabia o número do Arana, para cortá-lo, então estava o procurando para ver o número dele apenas”, explicou Dorival.
A imagem da transmissão oficial não mostra, mas na rodinha estava Lucas Silvestre, filho de Dorival e seu auxiliar, que tinha sido o responsável pelos treinamentos de cobranças de pênaltis desde 30 de maio, quando os jogadores começaram a se apresentar em Orlando para a preparação da Copa América. Lucas era quem debatia ali com os jogadores quem deveria bater e a ordem dessas cobranças.
Dorival criticou diretamente jornalistas que, segundo ele , foram levianos. Ele não citou nomes.
“Infelizmente as tomadas de posições, todos os comentários que foram feitos, maldosos, levianos, sem nexo nenhum e, o principal, sem conhecer o outro lado da moeda. Lamento muito por tudo isso, não são dignos de profissionais a altura do que temos. Nos respeitem aqui desse lado, porque em todos os momentos, de todos vocês, eu jamais vim a público. Nesse caso, foram levianos ao extremo e até usaram de certa covardia. Lamento, mas passo por cima e olho lá na frente para melhorar para as Eliminatórias”, disse o treinador.
Ainda na entrevista à ESPN, ele disse que repetiria toda a preparação e execução do trabalho feito durante a Copa América. O Brasil saiu apenas em segundo do Grupo D, com dois empates e uma vitória, atrás da Colômbia, e caiu para o Uruguai nas quartas de final.
“Não faria nada diferente, confio muito nesse grupo, na minha equipe técnica, toda a diretoria empenhada em fazermos o melhor. Tivemos uma organização quase perfeita em tudo, desde a nossa chegada nos Estados Unidos. Não faria nada diferente, confio muito nesse grupo, na minha equipe técnica, toda a diretoria empenhada em fazermos o melhor. Tivemos uma organização quase perfeita em tudo, desde a nossa chegada nos Estados Unidos”, disse Dorival
No final, Dorival ainda evocou Zagallo, que após um título de Copa América, em 1997, disse o famoso “vão ter me engolir”, também resposta às críticas que recebia à época.
“Esses que falam demais terão que engolir um título novamente”, disse Dorival. O treinador está invicto no comando da Seleção Brasileira: são oito jogos, com cinco empates e três vitórias.
Ele volta a convocar a Seleção em meados de agosto, para os jogos de setembro, entre 2 e 10, contra o Equador, em casa, e Paraguai, fora, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.