Após decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça de que Valdomiro Corá (MDB) deveria ser empossado como presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Cacoal, do contrário o ex-presidente Magnilson Mota (PSC), seria multado em R$ 10 mil diariamente, o cerimonial de posse foi realizado nesta segunda-feira, 11 de setembro.
A disputa pelo comando da casa de leis municipal entre os grupos que se formou na casa, não tem previsão para terminar, já que Magnilson Mota em entrevista a TV Allamanda Cacoal disse que vai recorrer da decisão do Ministro do STF, que teria se baseado em uma sessão que não existiu.
O presidente Valdomiro Corá a frente da mesa diretora já está tomando atitudes que poderão ser invalidadas, se houver um retorno da mesa diretora que deixou o comando nesta segunda.
O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Vereadores de Cacoal, que tem na presidência o vereador Edimar Kapiche (PSDB), mantém afastado por quebra de decoro parlamentar o vereador Lauro Garçom (PSD), que foi absolvido recentemente da acusação de estupro de vulnerável em 2014, mas não toma a mesma atitude no caso de assédio sexual do vereador Magnilson Mota, acusado por uma ex-servidora de um posto de saúde, que era casada a época.
O presidente do Conselho de Ética Edimar Kapiche é acusado por um vereador de Rolim de Moura (RO), de ter furado a fila de espera por cirurgia no hospital público do município. Ele negou em suas redes sociais.
Edimar Kapiche passou por procedimento cirúrgico recentemente na unidade pública de saúde em Rolim de Moura, enquanto outras pessoas com problemas semelhantes, estariam aguardando na fila há tempos, acusou o vereador rolimourense.
O parlamentar nega ter recebido qualquer vantagem da secretaria municipal de saúde do município, mas o prefeito de Rolim de Moura Aldair Júlio abriu sindicância para investigar o caso. A situação poderá se complicar para os servidores públicos responsáveis, se confirmada a vantagem ao parlamentar cacoalense.
A briga pelo comando da casa de leis mirim, se dá pelo fato de que o município não tem vice-prefeito. Cássio Góes foi eleito deputado estadual em 2022. O que ocorre de fato é que, em um eventual afastamento do prefeito Adaílton Fúria (PSD), o comando do município ficaria nas mãos do presidente da câmara.
Ao que tudo indica, pelas recentes declarações de ambos os lados, a briga vai continuar e enquanto houver margem, legalidade, oportunidade, chances de usar a Justiça e todo o seu staff, para recorrerem em busca do comando da casa de leis do município.
‘Quem ficar a frente da mesa diretora, poderá ter o poder de determinar um sono tranquilo ou intranquilo ao chefe do poder executivo. Por isso, tanta briga, tanta disputa”, informou uma autoridade do município.