Domingo, 19 de maio de 2024 - Email: [email protected]




Defesa Civil decreta estado de alerta, após rio Madeira atingir menor cota da série histórica de seca em Porto Velho

Rio chegou aos 1,43 metros e abastecimento de água já é motivo de preocupação para a Companhia de Água e Esgoto.



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Seca no rio Madeira, em Porto Velho — Foto: Tiago Frota/Rede Amazônica

O período de estiagem está castigando os rios da Amazônia. Em Porto Velho, a Defesa Civil decretou estado de alerta, o transporte de cargas foi restrito e o abastecimento de água da capital rondoniense já é motivo de preocupação para a Companhia de Água e Esgoto, tudo isso após o rio Madeira atingir a menor cota da série histórica.

“Aqui no rio Madeira, por exemplo, os nossos equipamentos estão com dificuldades em extrair essa água devido ao nível do rio que baixou. A gente acaba tendo um pouco de dificuldade na produção e distribuição de água”, explicou Lauro Fernandes, diretor técnico da Caerd.

Cerca de 20 portos também dependem do rio Madeira para fazer o escoamento da produção de grãos e de carga, mas com a seca e com a navegação noturna proibida, o transporte caiu pela metade.

“Mil toneladas é a média que o pessoal tem conseguido transportar. No período de cheia, essas mesmas embarcações conseguem transportar duas mil toneladas”, disse Alfredo Toshmitsu, diretor de Fiscalizações e Operações.

Para tentar minimizar o impacto financeiro causado pela queda no transporte de carga, o Governo Federal anunciou, na última semana, intervenções em pontos estratégicos em alguns rios da Amazônia.

“Vamos realizar duas dragagens emergenciais nos rios Solimões, Amazonas e Madeira, para garantir a navegabilidade e garantir a chegada de insumos”, revelou Renan Filho, Ministro dos Transportes.

Estado de alerta

 

Ao atingir 1,43 metros e chegar ao menor nível já registrado na história, a Defesa Civil decretou estado de alerta na capital rondoniense.

Segundo o órgão, a estimativa é de que a seca se prolongue, pois não há previsão de um volume de chuva expressivo na cabeceira do rio. Caso o rio baixe para 1,22 metros, o município passa para estado de emergência.

“A gente não tem uma perspectiva de elevação nesse momento. O prognóstico para as próximas duas semanas é chuva abaixo da média e consequentemente, o nível do rio deve se manter em baixa”, explicou Astrea Jordão, Coordenadora de Hidrologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).



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