O período de estiagem está castigando os rios da Amazônia. Em Porto Velho, a Defesa Civil decretou estado de alerta, o transporte de cargas foi restrito e o abastecimento de água da capital rondoniense já é motivo de preocupação para a Companhia de Água e Esgoto, tudo isso após o rio Madeira atingir a menor cota da série histórica.
“Aqui no rio Madeira, por exemplo, os nossos equipamentos estão com dificuldades em extrair essa água devido ao nível do rio que baixou. A gente acaba tendo um pouco de dificuldade na produção e distribuição de água”, explicou Lauro Fernandes, diretor técnico da Caerd.
Cerca de 20 portos também dependem do rio Madeira para fazer o escoamento da produção de grãos e de carga, mas com a seca e com a navegação noturna proibida, o transporte caiu pela metade.
“Mil toneladas é a média que o pessoal tem conseguido transportar. No período de cheia, essas mesmas embarcações conseguem transportar duas mil toneladas”, disse Alfredo Toshmitsu, diretor de Fiscalizações e Operações.
Para tentar minimizar o impacto financeiro causado pela queda no transporte de carga, o Governo Federal anunciou, na última semana, intervenções em pontos estratégicos em alguns rios da Amazônia.