A nona edição da Cúpula das Américas teve início nesta segunda-feira (6), em Los Angeles, nos Estados Unidos, com a abertura do Fórum da Sociedade Civil, em meio a polêmica da exclusão dos governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela.
“É uma honra dar boas-vindas à vocês no Fórum da Sociedade Civil, que acontece no marco da nona Cúpula das Américas”, afirmou em discurso Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O líder da OEA afirmou que o encontro acontece em um “momento histórico”, que deve servir para “fortalecer as relações interamericanas”, que refletem o desejo de “renovar a aliança” entre os países da região.
Almagro defendeu que é necessário “defender com firmeza e determinação” a democracia e encontrar soluções para os problemas estruturais que afetam o continente.
No primeiro de dois dias do Fórum da Sociedade Civil, serão abordados temas como a proteção do meio ambiente, a defesa da democracia, a construção de cidades sustentáveis e o fortalecimento da região para fazer frente à emergências globais.
A organização da Cúpula das Américas foi marcada por controvérsia, devido a lista de convidados pelos Estados Unidos, que tem prerrogativa como sede do encontro.
A Casa Branca decidiu que Cuba, Nicarágua e Venezuela não participariam do encontro, por considerar que não se tratam de governos democráticos.
Hoje, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou que não estaria na Cúpula, assim como o presidente da Bolívia, Luis Arce, devido às restrições na lista de convidados.
O evento acontecerá em Los Angeles até a próxima sexta-feira (10), embora as sessões plenárias com a presença de chefes de Estado só irão começar na quinta-feira (9), de acordo com programação divulgada pelo Departamento de Estado americano.
Esta é a primeira vez que os Estados Unidos sediam a Cúpula das Américas desde a primeira edição, que aconteceu em 1994, em Miami, ainda durante o governo presidido por Bill Clinton.