Entre os dias 23 e 25 de outubro, Jundiaí (SP) sedia, pela primeira vez no Brasil, a reunião do Consórcio Internacional de Qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual no Uso de Agroquímicos. O evento busca analisar cenários de exposição de trabalhadores rurais a agroquímicos em lavouras de países agrícolas, além de debater modelos de comunicação de riscos e treinamentos adotados na área. O objetivo do Consórcio é aprimorar o conhecimento e desenvolver ferramentas para melhorar a avaliação e mitigação de riscos químicos no campo, com foco nas pequenas propriedades em países em desenvolvimento.
Durante o evento, que contará com a participação de 40 pesquisadores de 16 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França e nações africanas com agricultura emergente, serão discutidas diretrizes para a avaliação e mitigação de riscos químicos envolvendo pesticidas em pequenas propriedades. Nessas áreas, o uso de pulverizadores costais e semiestacionários é predominante, o que expõe mais os trabalhadores rurais aos ativos químicos, conforme explica Hamilton Ramos, coordenador do evento e pesquisador científico.
O programa inclui apresentações de especialistas de órgãos oficiais, governos, universidades, centros de pesquisa e empresas de defensivos agrícolas. No dia 23, à tarde, haverá uma demonstração prática sobre o uso correto de EPIs e a aplicação de agroquímicos com pulverizadores costais e semiestacionários. Hamilton Ramos, do Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), coordena o evento e é membro do Consórcio Internacional. Ele lidera há 18 anos o programa IAC-Quepia, dedicado ao estudo da qualidade de vestimentas protetivas agrícolas, em parceria com o setor empresarial e o CEA-IAC, vinculado à Secretaria de Agricultura de SP.