O Senado aprovou dez indicações para embaixadores que vão representar o Brasil ao redor do mundo. As mensagens comunicando as indicações seguiram para a Casa Civil e a Presidência da República na última quinta-feira (11). Os nomes foram confirmados pelo plenário da Casa no dia anterior (10). Os diplomatas já tinham sido sabatinados anteriormente pelos senadores em sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. A necessidade de um esforço para que se tivesse a presença dos parlamentares para votar indicações de autoridades antes do recesso parlamentar havia sido discutida em reunião de líderes da Casa. A suspensão das atividades do Congresso Nacional começa na próxima quinta-feira (18) e vai até o fim de julho (31). O diplomata Marcel Fortuna Biato estudou na Universidade Nacional Australiana e na Universidade de Brasília. É mestre em sociologia política pela Escola de Economia de Londres. Ingressou na carreira diplomática em 1981. Atuou, no Brasil, na Divisão de América Meridional, no Departamento das Américas e na Subsecretaria de Assuntos Políticos. A sua última lotação no Brasil, no período 2003 a 2010, foi na Assessoria Especial da Presidência da República. No exterior, serviu na embaixada do Brasil em Londres, no Consulado-Geral em Berlim, na Missão Permanente do Brasil junto à ONU, em Nova York, e na embaixada em Havana. Foi embaixador do Brasil em La Paz, na Bolívia, e representante permanente do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica e na Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares, em Viena, na Áustria. Por último, foi embaixador do Brasil em Dublin (Irlanda). “Ao mesmo tempo que é uma zona de crescente importância estratégica, também apresenta desafios globais que o Brasil não pode ignorar”, afirmou Marcel sobre a região onde irá representar o país. A embaixada brasileira no Cazaquistão também é responsável pela representação diplomática no Quirguistão e no Turcomenistão, onde o Brasil não possui embaixada ou consulado instalado. O diplomata Alexandre Henrique Scultori de Azevedo Silva ingressou na carreira diplomática em 1994. Formado em direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, atuou em representações do Brasil em Bruxelas (Bélgica), Estocolmo (Suécia) e Amsterdã (Holanda). “O turismo responde por 25% do PIB [produto interno bruto] cabo-verdiano. O país recebe aproximadamente 900 mil turistas por ano. A demanda por produtos alimentícios da parte de hotéis, resorts e navios de cruzeiro vem sendo suprida principalmente por países europeus. Creio haver margem para se continuar a trabalhar a inserção de fornecedores brasileiros nessa promissora fatia de mercado”, disse Alexandre. Nedilson Ricardo Jorge é formado em direito pela Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Ingressou na carreira diplomática em 1987 e, desde então, atuou em representações do Brasil em Buenos Aires (Argentina), Pretória (África do Sul) e Montreal (Canadá). “Entre os objetivos da minha atuação, estará promover a expansão e a diversificação das exportações brasileiras, que hoje estão muito concentradas em produtos agrícolas e automotivos. Há muito potencial para outros produtos. Na área de proteína animal, o objetivo é consolidar o suprimento regular para o mercado mexicano”, destacou Nedilson.
Esforço antes de recesso
Conheça os novos embaixadores do Brasil em países ao redor do mundo
Antes de serem aprovados em plenário, nomes passaram por sabatina; alguns países compartilham o mesmo representante
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