O primeiro bife totalmente cultivado em laboratório já existe e foi produzido pela startup britânica de biotecnologia 3D Bio-Tissues (3DBT) a partir de células extraídas de porcos. Com 9 cm de largura, 4 cm de comprimento e 1 cm de altura, o sabor do filé artificial surpreendeu positivamente.
“Estamos absolutamente encantados com a aparência, sabor, aroma e textura da nossa carne de porco cultivada, que é a primeira vez que provamos totalmente nosso produto”, declarou o CEO da empresa, Che Connon, em um comunicado.
No processo, as células foram cultivadas, divididas e transformadas em bife. Mas em vez de utilizar soro fetal bovino na composição – envolvido em polêmicas –, a equipe optou por um reforço celular independente chamado “City-mix”, que dá integridade estrutural à carne.
O soro fetal bovino possui a função de estimular o crescimento celular e é retirado do feto das vacas prenhas, não sendo bem visto por vegetarianos.
É gostoso?
Segundo a empresa de biotecnologia, o bife criado por eles passou muito bem no teste de sabor. Ele replica o sabor, textura e aparência da carne de verdade.
“Nosso filé livre de crueldade excedeu nossas expectativas em todos os aspectos, e estamos extremamente animados com o progresso tecnológico que estamos fazendo e o impacto que isso poderia ter em nossa indústria”, disse Connon.
A empresa de pesquisa independente CE Delft afirma que, de fato, os efeitos ambientais desse tipo de produção são consideravelmente menores que os da carne feita por meios tradicionais. Ele usa 92% a menos de aquecimento global e 93% a menos de poluição do ar. Também usa 78% a menos de água, o que contribui para a economia de recursos, e 95% a menos de terra.
De acordo com a McKinsey, o mercado de carne pode movimentar US$ 25 bilhões até 2030, ou seja, por volta de R$ 130 bilhões na cotação atual.