Terça-feira, 14 de maio de 2024 - Email: [email protected]




Conheça café especial provado pelo presidente Lula e produzido dentro de Terra Indígena em RO

Café foi preparado pela primeira mulher indígena barista do Brasil. Robusta Amazônico é reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial de Rondônia.



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Presidente Lula degusta café produzido dentro de Terra Indígena de RO.

Dentro da Terra Indígena Sete de Setembro, na aldeia Lapetanha, em Cacoal (RO), o povo indígena Paiter Suruí pum café especial: o robusta amazônico. Uma das atuantes na produção é Celesty Suruí, a primeira indígena barista do Brasil.

A bebida feita por Celesty Suruí, utilizando o grão especial do robusta amazônico moído na hora, foi provada pelo presidente Lula, nesta semana, durante uma exposição realizada em Brasília (DF) em comemoração ao aniversário da Embrapa.

O vídeo da degustação foi divulgado nas redes sociais oficiais do presidente. (Assista o vídeo acima)

Presidente Lula prova café produzido em Terra Indígena de RO — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O que é o robusta amazônico?

O clima e o solo de Rondônia faz com que o café produzido no estado seja “arrobustado”, segundo a Embrapa. Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados.

A produção do café rendeu para Rondônia a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável reconhecidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A área de produção é classificada como “Matas de Rondônia”.

Café robusta amazônico produzido na Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

O relatório do Exame de Mérito do Inpi descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. E para garantir o sabor especial, a barista aponta que precisa de um preparo:

A barista preparou e serviu para o presidente Lula um café com os grãos produzidos pelo seu povo.

Segundo a barista, a história do seu povo com o café vem desde o primeiro contato da etnia com pessoas não indígenas no ano de 1969, quando os colonos começaram a produzir café em terras indígenas. Depois que a terra foi demarcada, os invasores foram retirados e as plantações ficaram.

Como o café é produzido?

Em Rondônia, a 2ª bebida mais consumida do Brasil é fruto da agricultura familiar. Diversos produtores espalhados pelo estado viram no robusta amazônica uma oportunidade de produzir um café de qualidade e garantir premiações nacionais.

Dentro da Terra Indígena Sete de Setembro, indígenas utilizam os conhecimentos sobre a floresta e práticas sustentáveis para produzir café. São cerca de 3 mil hectares de plantação no sistema de agrofloresta: os cafezais dividem espaço com árvores nativas.

Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO

O modelo garante uma prática sustentável que permite que os produtores indígenas dispensem os agrotóxicos e o modelo de irrigação. A agrofloresta também foi uma medida fundamental para que o povo Paiter Suruí conseguisse reverter o desmatamento dentro da Terra Indígena.

São 150 famílias envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias que ficam dentro da TI Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

 



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