A FPMIZ vai fomentar a criação de frentes estaduais no âmbito das Assembleias Legislativas. A ideia, segundo Zucco, é fazer com que cada unidade da Federação conte com sua própria estrutura de mobilização e articulação. “Cada frente estadual, por sua vez, vai mobilizar a sociedade por meio de entidades de classe, como sindicatos rurais, associações comerciais e todos aqueles que queiram se somar nesse debate. Precisamos mostrar que a partir de agora é tolerância zero para esse tipo de crime”, ressaltou o deputado.
Cotado para assumir a presidência da CPI do MST, Zucco acrescenta que a Frente Parlamentar Mista Invasão Zero e suas correlatas nos estados poderão contribuir de forma perene. “A CPI tem um prazo determinado para funcionar. Essas frentes não, estarão sempre ativas e prontas para atuar no combate à escalada da violência no campo e na cidade”, explicou.
Experiência baiana
Diante da omissão do governo estadual e das forças de segurança, os produtores rurais da Bahia, organizados em sindicatos e associações, passaram a realizar por conta própria a retomada de várias propriedades invadidas, reintegrando e dizendo não às invasões. Foram criados cerca de 16 núcleos em várias regiões do estado, cada núcleo composto por aproximadamente 24 municípios. Hoje, já são mais de 200 municípios abrangidos pelo movimento, que funciona nos mesmos moldes que as redes de vizinhos. Comandados por um núcleo central, os produtores monitoram 24 horas por dia todo e qualquer tipo de movimentação atípica de pessoas e veículos em rodovias, acesso vicinais e nas proximidades das propriedades rurais.