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Conflitos no campo aumentam 113% em Rondônia, aponta relatório

Estado registou a maior quantidade em sete anos. Principais vítimas são sem terras, posseiros e indígenas.



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Conflito no campo — Foto: Agência Brasil

Rondônia registrou um aumento de 113,7% de conflitos no campo em 2023 em comparação com o ano anterior. Esse número é o maior em sete anos, de acordo com a série histórica apontada no relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Os principais apontados por serem responsáveis pelas ocorrências são fazendeiros e grileiros, enquanto as principais vítimas são sem terras, posseiros e indígenas.

Em 2022 foram registrados 87 ocorrências de conflitos. No ano seguinte, as denúncias subiram para 186. De acordo com o levantamento da CPT, Rondônia ficou em 4º lugar no ranking dos estados com maior número de ocorrências de conflitos no campo do Brasil.

A Região Norte, que engloba sete estados da Amazônia, ficou em 2º lugar, tanto em número de ocorrências por conflitos no campo, quanto em conflitos pela Terra.

Detalhes dos dados

A pesquisa detalhada sobre os conflitos expõe eixos que revelam a origem desses confrontos, que se dividem em:

  • Conflitos por terra;
  • Conflitos por água;
  • Violência contra a pessoa.

Os conflitos por terra, que vão desde a ocupação de terras e os registros de violência por ocupação e posse de terras, somaram 162 ocorrências em 2023.

De acordo com o levantamento as principais vítimas são:

  • Sem terra – 39,5%
  • Posseiro – 26,5%
  • Indígena – 17,9%
  • Extrativista – 4,3%
  • Seringueiro – 3,7%
  • Ribeirinho – 3%

Quem são os responsáveis?

Os principais apontados como causadores da violência são fazendeiros e grileiros. As duas categorias juntas somam 96 ocorrências, sendo 79 causadas por fazendeiros e 17 por grileiros.

Conflitos por água

Os conflitos por água aumentaram 185,7% em relação a 2022. Mais da metade das ocorrências foram registradas em Porto Velho. Segundo o CPT, os conflitos estão fortemente ligados à expansão de grandes projetos.



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