O mercado de café, tanto para o arábica quanto para o robusta, tem apresentado alta volatilidade nos últimos dias, em meio às expectativas sobre a produção global para a safra 2024/2025. Esta incerteza é alimentada por diversas variáveis climáticas e de produção, que estão sendo monitoradas de perto pelos analistas e produtores. No Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, a colheita vem ganhando ritmo e já alcança 44% do total, conforme dados da Safras & Mercados. Contudo, as expectativas sobre a produção ainda são mistas. Há relatos persistentes de problemas de peneira e rendimento, que podem impactar negativamente a quantidade e qualidade do café colhido.
No caso do café robusta, a situação no Vietnã, segundo maior produtor global, também gera incertezas. Embora as chuvas tenham retornado recentemente, há preocupações contínuas sobre os efeitos do clima mais seco que prevaleceu até maio deste ano. Esse período de seca pode ter comprometido o desenvolvimento das plantas, afetando o volume e a qualidade da produção esperada para 2024/2025.
Apesar dessas preocupações regionais, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou recentemente uma previsão otimista para a produção global de café em 2024/2025. A estimativa é de um aumento na produção para 176,23 milhões de sacas (M scs), um crescimento significativo em comparação com a safra 2023/2024, que foi de 169,18 M scs. Este aumento na produção global deve ajudar na recuperação dos estoques, que estavam em níveis mais apertados na safra atual.
Em termos de demanda, o USDA revisou para baixo suas estimativas para a safra 2023/2024, reduzindo-as para 167,54 M scs. Essa revisão é atribuída principalmente a reajustes nos dados de consumo na União Europeia e nos Estados Unidos. No entanto, a previsão para 2024/2025 é mais positiva, com uma recuperação do consumo global projetada para 170,63 M scs.
