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Sasha realmente está deixando de ser apenas a “filha da Xuxa”, apesar de assumir que é uma “nepobaby”, ou seja, cresceu com privilégios ao lado de pais famosos. O desfile de estreia de sua grife Mondepars parece ter marcado definitivamente sua independência profissional, ao mostrar uma coleção consistente: versátil e atemporal, que nasceu preocupada com o consumo consciente e com o meio ambiente.
Com preços que variam de R$ 230 (boné) a R$ 3.190 (blazer agênero, marrom e risca-de-giz), o site da marca indica duas peças esgotas: a regata de ribana canelada de algodão marrom (R$ 270) e a calça jeans reto, com etiqueta de couro de descarte (R$ 790).
O site não traz ainda todas as peças desfiladas, como o vestido Bruna, em homenagem à sua amiga Bruna Marquezine, que usava a peça na primeira fila. O lançamento será em breve.
Já o vestido Morgana, que Xuxa usou na apresentação, está disponível. Feito de lã, vem com ombreiras estruturadas, gola alta, modelagem ampla nos ombros e desce acinturando a silhueta. De comprimento curto, custa R$ 2490.
A camisa usada por Sasha no desfile custa R$ 990. Feita em 100% algodão, tem modelagem da gola estilo vintage, que lembra os anos 1970. A mesma peça foi usada pelo marido da nova estilista, com calça Ezra, que custa R$ 1990 e blazer Ezra, que custa R$ 3190, ambos em risca-de-giz.
Aliás, um dos focos da marca são as pelas agêneras, que ocupam 70% da coleção apresentada, como os ternos, os jeans e as camisas.
Sasha apresentou um leque de peças que chegam para agradar todas as idades e silhuetas, uma vez que mesmo os vestidos Mia, em preto e marrom, cujos números grandes já estão indisponíveis no site. No preto, a numeração menor também já está indisponível.
A garota de 25 anos mostrou que tem jeito para o negócio, após estudar moda na Parsons School of Design, em Nova York, para onde se mudou aos 18 anos. Aprendeu bem a lição, inclusive de levar a consciência ambiental para sua marca, com roupas que realmente não saem de moda, usadas por todos os gêneros, em modelagem clássica revitalizada.
Guardadas as proporções, é possível lembrar do começo de carreira de Stella McCartney, que se formou em em 1995, aos 23 anos, na pretigiada escola de design e moda Central Saint Martins, de Londres. Dois anos depois, foi contratada como diretora criativa da Chloé, substituindo Karl Lagerfeld, que comentou com ceticismo a escolha. “Deviam ter escolhido um nome maior. Eles fizeram, mas na música, e não na moda. Vamos torcer para que ela seja tão talentosa quanto o pai”, disse na ocasião. Meses depois, Stella provou que ele estava errado: sua primeira coleção, com saias rendadas e camisolas delicadas, fez as vendas aumentarem.
Se Sasha mantiver a consistência dessa primeira coleção própria (ela já havia assinado em 2017 uma linha para a Coca-Cola Clothing), seu futuro será brilhante em toda a “parte do mundo”, sinônimo do nome Mondepars, criado por ela para batizar sua grife.