O cenário de inflação já vinha se tornando uma realidade presente na vida dos
brasileiros. Até que um dia amanhecermos e o atual cenário está contrário, em deflação.
E agora, o que acontece quando os preços caem isso é bom ou ruim para economia?
Neste último semestre 2022 iniciou com queda nos preços, fenômeno conhecido como
deflação. Ao contrário de inflação (aumento de preços), a deflação é a queda nos
preços.
E isso é bom ou ruim? Aos olhos do consumidor, é bom, pois favorece o poder de compra
das famílias, isso por que, com os preços em quedas o consumo aumenta, ao menos contribui
para manter a qualidade de vida, algo que não ocorria desde auge da pandemia.
E para economia, na prática a expectativa de mercado sofre alterações, reduzindo a previsão
de inflação em 2022 e queda na estimativa para 2023, visto que, a queda na inflação foi puxada
pela sequência de deflação mensal que iniciou em julho, seguido em agosto e com novas
previsão para esse mês de setembro. De fato, a deflação dos produtos é percebida pelas
famílias, principalmente em virtude dos cortes de preços da gasolina, principal
influenciadora do fenômeno no semestre, além de outras medidas econômicas promovidas
pelo governo.
Logo, entre idas e vindas, as estimativas são favoráveis para que o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registre neste terceiro trimestre a maior deflação
trimestral do Plano Real. Caso a previsão se realize, o IPCA ficará com registro histórico
negativo por três meses consecutivos pela primeira vez desde 1998.
Por outro lado, torna-se preocupante, pois a sequência de deflação na economia não é
vista com bons olhos para os investidores, passivo de restrição de investimento no
mercado financeiro e de adoção agressiva de políticas econômicas, pois a permanência
da deflação por longos períodos pode representar um grande perigo para a economia
do país.
Por ora, vamos aproveitar o período de queda nos preços, sem criar grandes expetativas
ao longo prazo, principalmente por ser ano eleitoral, não se assuste se houver mudanças
agressivas em 2023. A deflação é ótima para bolso do consumidor, porém não gera
sustentabilidade dentro da conjuntura macro econômica.
CREDENCIAIS
Nayara Fernanda N. S. Castro, formada pela UNESC em Cacoal
em 2015, economista registrada no Corecon-RO 694, atuante
como docente do Ensino Superior, empreendedora,
correspondente do Banco do Brasil, coordenadora da Câmara
Técnica de Gestão e Tecnologia do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Econômico de Cacoal (COMDEC) e criadora de
conteúdo em suas redes sociais com Dicas de Economia.
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