Segundo o Governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente neste mês de novembro. O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas.
A Defesa Civil Municipal informou que o colapso pode acontecer a qualquer momento e que não foi possível medir as consequências do que poderá acontecer porque estão diante de algo que nunca enfrentaram, “não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. E temos outros problemas. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também o fornecimento de energia e de gás. Com certeza, toda a capital irá sentir os tremores se acontecer essa ruptura dessas cavernas em cadeia”, afirmou o coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo.
O governador de Alagoas Paulo Dantas anunciou que equipes da Defesa Civil Nacional e do Sistema Geológico Brasileiro estão no estado para acompanhar a situação. Ele também assinou um pedido de audiência com a presidência da república para tratar sobre o assunto.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que entrou em contato com o ministro da integração e desenvolvimento regional, Waldez Goes, solicitando prontidão e alerta da Defesa Civil nacional no caso.
Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto. A empresa reforçou ainda que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.
As minas da empresa em Maceió são cavernas abertas para a extração de sal-gema. Desde 2019, elas estavam fechadas desde, quando o Serviço Geológico Brasileiro confirmou que a atividade provocou o afundamento do solo na região.