Brasília (23/08/2024) – A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na sexta (23), de forma extraordinária, para discutir a proposta de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos.
O presidente da comissão, Francisco de Castro, explicou aos integrantes como estão as negociações sobre a proposta e apresentou uma linha do tempo de todo o processo de discussão desde a construção do modelo defendido há dois anos pela CNA e pelas federações de agricultura e pecuária nos estados.
O Brasil já possui um sistema individual de identificação de bovinos e bubalinos, o Sisbov, mas, diante da necessidade de qualificar a rastreabilidade para fins sanitários, a CNA e os estados defendem uma proposta de um sistema voluntário e com prazo mínimo de 8 anos para adaptação dos produtores rurais.
Neste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou um grupo de trabalho com as principais entidades da cadeia produtiva da pecuária para construir uma proposta de plano estratégico para implementação do sistema. O GT teve caráter consultivo e encerrou os trabalhos neste mês.
O Mapa disponibilizará um documento com os pontos discutidos e deliberações para a análise dos membros. O coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, falou sobre as discussões no GT.
O diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, defendeu a união do setor de carne para fortalecer o sistema de rastreabilidade bovina. “É preciso uma diretriz nacional para orientar a atuação dos estados”. Já o assessor técnico Rafael Ribeiro falou sobre o modelo de rastreabilidade australiano.
Ainda no encontro, os representantes das federações de agricultura e pecuária nos estados apresentaram suas experiências e desafios quanto à rastreabilidade dos rebanhos regionais.
Por fim, as federações e entidades setoriais que integram a Comissão reafirmaram o apoio à CNA nas negociações sobre o tema da rastreabilidade para a elaboração de um modelo que seja adequado aos pecuaristas.