Durante sete dias, os voluntários usaram um acelerômetro triaxial no pulso para registrar seus movimentos diários. O tempo médio que cada pessoa passava sentada ou reclinada foi de 9,4 horas por dia.
Os cientistas acompanharam a saúde dos voluntários por oito anos. Os dados revelaram que 4,9% dos participantes desenvolveram fibrilação atrial, 2,1% apresentaram insuficiência cardíaca, 1,84% deles tiveram infarto do miocárdio e 0,94% dos pacientes morreram de causas cardiovasculares.
“Nossas descobertas apoiam a redução do tempo sedentário para reduzir o risco cardiovascular e 10,6 horas por dia marcaram um limite potencialmente importante, associado à maior insuficiência cardíaca e mortalidade cardiovascular. Ficar muito tempo sentado ou deitado pode ser prejudicial à saúde do coração, mesmo para aqueles que são ativos”, afirmou Shaan Khurshid, coautor sênior do estudo, em comunicado.
Conscientização
A equipe sugere que futuras diretrizes de saúde pública enfatizem a importância de reduzir o tempo sedentário e orientem as pessoas a evitar ficar mais de 10,6 horas sentadas por dia.
O diretor do departamento de medicina de família da Universidade Brown, Charles Eaton, destacou que muitas pessoas tendem a superestimar o tempo de atividade física e subestimar o tempo sedentário. “Substituir apenas 30 minutos de tempo sentado por dia por qualquer tipo de atividade física pode reduzir os riscos à saúde cardíaca”, disse ele.
As descobertas, também apresentadas nas Sessões Científicas de 2024 da American Heart Association, reforçam a necessidade de mudanças nos hábitos diários, para proteger o coração.