De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o mercado de feijão-carioca permanece estável, mesmo com o avanço das colheitas em várias regiões produtoras. Os preços para o feijão-carioca nota 9 variam entre R$ 220 e R$ 240, conforme a peneira.
Enquanto isso, a situação do Feijão-preto, que já apresentava escassez, se agravou. A recente alta nos preços, observada no final da semana passada e início desta, levou os poucos produtores e cerealistas que ainda detinham o produto a retirarem suas ofertas do mercado, contribuindo para a falta de disponibilidade.
Em meio a essa realidade, o IBRAFE destaca a crescente importância de se acompanhar as importações de outras variedades de Feijões. O que antes era visto como uma simples curiosidade, agora se torna uma estratégia essencial para o planejamento do setor. Com o desânimo generalizado no mercado de soja, muitos produtores começam a enxergar o Feijão como uma alternativa mais lucrativa. No entanto, o IBRAFE adverte sobre os riscos de uma possível superprodução, especialmente se houver um aumento expressivo na área plantada de Feijão-carioca ou Feijão-preto no próximo ciclo agrícola.
A estratégia 2157, proposta pelo IBRAFE, visa orientar os produtores a evitarem o excesso de oferta, que poderia resultar em uma queda acentuada nos preços e consequentes perdas financeiras. A recomendação é diversificar as culturas e avaliar cuidadosamente as tendências de mercado, evitando decisões precipitadas que possam comprometer a rentabilidade a longo prazo. Em resumo, o planejamento criterioso e a atenção às dinâmicas de mercado serão fundamentais para o sucesso na próxima safra.