O vice-prefeito Cássio Gois, recentemente diplomado para assumir o mandato de deputado estadual em 1º de fevereiro, foi o entrevistado do apresentador Diego Maia (Comando Policial), nesta quarta-feira, dia 21, e na oportunidade tratou de vários assuntos, incluindo a polêmica envolvendo a eleição de presidente da Câmara Municipal.
No início da entrevista, ele reafirmou o seu compromisso com a área rural e disse que como vice-prefeito, sempre teve uma relação muito próxima com o prefeito e tomou como responsabilidade dar uma atenção especial aos trabalhadores do campo.
Ele disse que apoiar iniciativas como o programa Porteira Adentro foi a coisa certa a ser feita, mesmo que algumas pessoas possam colocar obstáculos. Segundo ele, dar o suporte aos produtores rurais é uma forma de reconhecer a importância que eles tem para a economia do município e do país.
Quando o apresentador Diego Maia observou que Cássio, como vice-prefeito, tinha um trabalho mais em nível local, e agora assume um mandato que lhe dá condições de uma carreira “solo”, o deputado eleito explicou que o vínculo entre ele e Fúria continua o mesmo.
Em sua intervenção, Cássio disse que achou esse termo de carreira solo um pouco forte, embora reconheça que o mandato de deputado possa diferir um pouco do que é o seu mandato como vice-prefeito. No entanto, assegurou que seu mandato, embora com alcance estadual, não irá retirar o seu vínculo com o município.
Disse que mesmo que tenha independência em suas tratativas no âmbito de governo estadual, manterá parceria com Cacoal sempre. “A gente precisa ter consciência do berço político da gente. O meu berço político é a Região do Café. Eu aprendi a fazer política com o prefeito Adailton Fúria. A gente tem um perfil muito parecido, no modo em que as questões se revolvam, e é assim que a gente vai continuar. Vou investir o meu mandato em Cacoal, vou ser parceiro do prefeito Fúria e vamos caminhar juntos enquanto Deus permitir”, disse.
Quando o apresentador Diego Maia quis ouvir do vice-prefeito a posição dele em relação ao imbróglio envolvendo a eleição da Câmara Municipal de Cacoal, cujo processo para a escolha da mesa diretora contou com duas chapas, Cássio Gois mostrou que não é político de ficar em cima do muro e declarou com todas as letras de que lado esteve. Disse que, durante as discussões, seu nome esteve presente por ser ele o vice-prefeito e, tendo sido eleito deputado, o presidente eleito da Câmara entra na linha sucessória.
“Como político da cidade, nós temos partido em relação a isso. Hoje eu sou vice-prefeito, mas dia 30 de janeiro eu preciso deixar o mandato para assumir como deputado estadual. O presidente da Câmara está na linha sucessória direta do prefeito de Cacoal e nós sabemos que o Corazinho tem comércio na cidade; a família dele é ligada a transporte escolar. Isso preocupa muito, pois essa empresa presta serviço ao município de Cacoal. Você já imaginou eu ser prefeito e vender para o município?. A família do vereador Corá é ligada ao transporte escolar e ele se torna agora a pessoa que irá suceder o prefeito em uma simples féria que ele pegar ou em caso de ter um problema de saúde. Aí o presidente da Câmara, que tem uma empresa de transporte escolar no município, vai pagar para ele próprio? Como é que fica isso? Como é que os colegas vereadores não pensaram nisso? Isso nos preocupa muito e a sociedade precisa estar ciente disto. Isto pode gerar um grande problema lá na frente”.
Depois desse período inicial, o curso da entrevista retornou o foco para o mandato do Cássio como vice prefeito. Ele disse ao apresentador que sempre tocou o seu mandato de forma simples e tudo que fez fez, foi de maneira dedicada e focada em atender o cidadão. Disse que está na política desde 2014, portanto há quase 10 anos.
Sobre a diferenciação do que é ser cidadão e ter um cargo outorgado pela população, ele disse que antes de entrar para a política, era um comerciante e sua preocupação era atender bem o cliente, que era quem dava condições de sua empresa e ele próprio sobreviver.
Agora como político, ele diz que esse vínculo não é mais entre fornecedor e cliente, mas agente público e o contribuinte. O que muda, segundo ele, é que agora o seu compromisso é com todos os cidadãos e ele diz levar isso muito a sério. Trabalha com a preocupação de atender bem o cidadão, que foi quem lhe deu esse mandato, confiando em sua capacidade de contribuir com o crescimento do município.
O VICE PREFEITO MAIS BEM CONECTADO ÀS AÇÕES DO GOVERNO MUNICIPAL
Comentando a respeito do papel de vice-prefeito, Cássio diz que respeita todos os que exerceram o cargo antes dele, mas tem recebido o feedback da população apontado que ele foi um dos vice-prefeito com maior atuação em relação a todas as gestões de governo do município.
Cássio afirma que se propôs a ser o vice-prefeito mais conectado à gestão da prefeitura e disse entender que a excelente votação que deve no município é um indicador de êxito do seu trabalho de parceria com o prefeito Fúria e com a população de ser um vice atuante e não mero coadjuvante. “Sou e serei sempre parceiro do prefeito Adailton Fúria. Eu acompanhei a maioria das ordens de serviço. Se o prefeito hoje precisar me consultar por algo eu sei responder, pois estivemos preparados para cada necessidade”.
Diferenças e similaridades entre Cássio e Fúria
Perguntado pelo apresentador Diego Maia de como ele fazia para conciliar a diferença de temperamento entre ele e Fúria, Cássio afirmou que as diferenças que existem entre eles são apenas de temperamento, mas que no fim, ambos buscam o mesmo objetivo de servir bem ao povo de Cacoal.
“O fúria sempre foi mais agitado. Eu recebo a pancada e sinto ela para depois reagir. Isso é questão de personalidade. Apesar de diferenças na forma de agir, o resultado sempre era igual. Eu nasci aqui, estudei aqui. Constitui minha família aqui. O que eu tenho está na cidade de Cacoal.”, afirmou.
Depois de abordar ora questões sobre o mandato como vice-prefeito, ora como pretende encarar o seu mandato como deputado estadual, Cássio falou sobre algo que o preocupa bastante no momento, que é situação da saúde pública no âmbito estadual.
Elogiou o modelo de atuação do prefeito Adailton Fúria em relação a saúde pública municipal, chamando para o município responsabilidade em relação problemas de pequena ou média complexidade e deixando com o estado apenas as questões de maior complexidade, como deve ser.
Ele, porém, lamentou que mesmo o município retirando dos ombros do Governo do Estado um peso em relação aos atendimentos, a prestação de serviços em nível de instituições de saúde do complexo regional não melhoraram em nada.
Cássio Gois deixou claro que estará aberto ao diálogo, mas espera apenas assumir o seu mandato para cobrar do governador Marcos Rocha um atendimento mais humanizado à população, tanto no Heuro, quanto no Hospital Regional.
O deputado eleito não poupou críticas à atual secretária da SESAU-RO. “Eu tenho ouvido dizer que ela não deve permanecer no cargo, mas se permanecer, muita coisa precisa ser mudada. Ela primeiro vai ter de aprender a atender ao telefone, pois não sabe nem fazer isso”, em clara demonstração de insatisfação com o trabalho dela.
A entrevista completa por ser vista em https://youtu.be/aFRxnCC6sQ8?t=2265
