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Cariani e esposa guardavam R$ 1,2 milhão em dinheiro vivo em casa, diz PF

Influenciador fitness é réu por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro



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O influenciador Renato Cariani.
Foto: Instagram/Reprodução/@renato_cariani / Estadão
O influencer fitness e empresário Renato Cariani, réu por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, e sua esposa, Tatiane, armazenavam cerca de R$ 1,2 milhão em dinheiro vivo no ano de 2022, período em que a Anidrol, empresa química de Cariani, já era alvo de investigação por alegações de desvio de insumos destinados à produção de crack e cocaína.
De acordo com apuração do Metrópoles, os dados fazem parte do inquérito da Polícia Federal (PF) que fundamentou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra Cariani e quatro sócios dele na Anidrol. O montante foi oficialmente declarado pelo casal à Receita Federal no mesmo ano.

Segundo o inquérito da PF, a quantia armazenada em dinheiro vivo é incomum. “Chama a atenção, nos dias de hoje, tendo em vista as diversas ferramentas disponibilizadas pelas instituições bancárias, como Pix, TED, DOC, em que fornecem mais segurança e comodidade aos clientes, alguém armazenar grandes quantias de dinheiro em espécie”, afirma.

O relatório ainda leva em consideração o ramo de atividade da Anidrol, que é uma indústria química, que não costuma receber pagamentos em espécie. “Pode-se perceber que não é comum o recebimento de dinheiro vivo em seu cotidiano”, diz outro trecho divulgado pelo portal. Outro ponto que também chamou atenção dos investigadores foi o grande volume de recursos em dinheiro declarados pelo influencer, de um ano para o outro.

Cariani é réu por tráfico de drogas e crimes relacionados. O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou as denúncias contra ele e mais quatro pessoas. São elas, além de Cariani: Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Ferreira.

O influenciador foi investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Hinsberg, que cumpriu, em dezembro do ano passado, 18 mandados de busca e apreensão. Posteriormente, em janeiro deste ano, o influenciador foi indiciado pela PF por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.

Cariani é um dos sócios da Anidrol, empresa de produtos químicos que estaria ligada aos desvios de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. Além dela, também estaria no radar da PF a Quimietest, que não tem sede própria e seria um dos braços da Anidrol.

Segundo a Polícia Federal, as investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo.

Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde a mais de 15 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

As investigações revelaram, ainda, o uso de interpostas pessoas e a constituição de empresas fictícias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos valores recebidos.

 

Fonte: Redação Terra



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