O Canadá autorizou a retomada das importações de carne bovina de Estados brasileiros que eram habilitados antes da retirada da vacinação contra febre aftosa e estavam com os embarques suspensos.
Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, além de 14 municípios do Amazonas e cinco de Mato Grosso, poderão retomar as vendas da proteína para o país da América do Norte após atualização do certificado sanitário.
Antes, o protocolo bilateral exigia que a carne saísse de áreas com animais vacinados nos últimos 12 meses. O requisito barrou as exportações de Estados cuja vacinação já havia sido interrompida na época das negociações entre Brasil e Canadá, mas que ainda não tinham o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e os municípios do Amazonas e Mato Grosso, integrantes do bloco 1 do plano brasileiro de retirada de vacinação contra aftosa, encerraram as imunizações em 2020 e foram reconhecidos em 2021. À medida que completava-se 12 meses desde a última vacinação nesses locais, seus embarques para o Canadá ficavam proibidos. Apenas Santa Catarina, que já tinha reconhecimento internacional de zona livre da doença sem vacinação há anos, estava apta a comercializar em todo o período.
A expectativa para essa retomada existia desde fevereiro deste ano, quando a Canadian Food Inspection Agency (CFIA), agência de inspeção alimentar canadense, concluiu a avaliação de risco para a importação de carne bovina desossada e maturada dessas regiões e informou o governo brasileiro. Nesta segunda-feira (9/9), o Ministério da Agricultura, em Brasília, recebeu o aceite do órgão canadense para de atualização do certificado sanitário com os novos requisitos para a exportação. Com isso, os embarques já podem ser iniciados.
A ampliação da área habilitada a exportar carne bovina ao Canadá foi informada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante evento em Cuiabá. “Ampliamos a retomada do mercado de carne bovina para o Canadá”, disse na ocasião.
Em 2023, o Canadá importou 8,1 mil toneladas de carne bovina do Brasil, com negócios que renderam US$ 39 milhões.