Foi assassinado na Bolívia, o ex-vereador em Ji-Paraná (RO), atualmente trabalhando com uma construtora além de uma fazenda na Bolívia, Pedro André de Souza. Ele era dono do Folha de Rondônia, jornal de circulação em todo o Estado.
Conforme o jornalista Roberto Gutierrez, Pedro foi vítima de uma dupla de pistoleiros que disparou mais de 20 tiros contra ele, que etária dormindo no momento do crime.
Pedro André era empresário e foi fundador do Jornal Folha de Rondônia, em 1999. Era dono de uma construtora e trabalhou em Vilhena (RO), recentemente.
Dinâmica do crime
Uma fonte revelou que Pedro André estava dormindo na parte de baixo da casa de dois andares que havia construído na fazenda. Que duas pessoas invadiram o quarto, que deram mais de 20 disparos contra o empresário.
Um dos tiros teria passado de raspão em uma pessoa que estava com ele na cama. Que essa mulher conseguiu sair da cama e caiu ao chão, que a dupla fugiu, que Pedro André ainda teve forças para sair da cama em direção ao banheiro, que ainda teria dito em tom agonizante, que iria morrer.
A dupla assassina pegou a motocicleta da fazenda e foi até próximo à porteira, que lá cortaram todos os cabos do sistema de comunicação star link, pularam a porteira e foram embora. Não se sabe se do outro lado da porteira havia algum veículo para assegurar a fuga.
Uma trajetória de sucesso e recomeços
Pedro André de Souza chegou ainda criança com os pais à Vila de Rondônia, hoje Ji-Paraná. Trabalhou de engraxate. Ainda na adolescência, conseguiu uma oportunidade para ser entregador do jornal.
Foi no jornal A Palavra, do saudoso ‘comunista’ acreano Dionísio Xavier Silveira, o velho Dió, cuja redação iniciou ainda no Bairro Casa Preta, que Pedro André tomou gosto por Gráfica.
Trabalhou como gráfico muito tempo até que montou a própria gráfica nos anos 80. Pouco tempo depois montou uma empresa de terraplenagem, a Guiso.
Em 1999 ele acabou criando a Folha de Rondônia, cuja marca registrada ganhou do João Vilhena, hoje com 92 anos. Foi nessa época, já no início dos anos 2000, que se elegeu vereador.
Sua meta era ser o mais votado de Ji-Paraná, mas ficou em segundo lugar, perdendo o posto de mais votado para o Zezinho da Cadeira (In memória), o mais votado da época.
Altamente competitivo, Pedro não gostava nem um pouco da brincadeira de dizer que ele havia perdido para o Zezinho da Cadeira. Antes de completar um ano de vereador, Pedro André renunciou ao cargo e colocou foco nos negócios, que aliás, era altamente dedicado.
Após vender a Folha de Rondônia e ter um desentendimento com os novos donos, o que acabou virando uma pendenga na Justiça, acabou montando o Diário do Povo também em Ji-Paraná.
O jornal em formato tabloide ganhou aceitação popular. Foi no tempo em que Ji-Paraná, Tinha dois Jornais Altamente competitivos. Com pouco mais de um ano, o Diário do Povo acabou falindo e Pedro André foi de mudança para Vilhena, onde fez sucesso na Construção Civil, construindo o primeiro condomínio fechado no Cone Sul de Rondônia.
Pedro André tinha comportamento imperativo, era ousado, tinha foco apurado como empreendedor em tido a que dedicava fazer. Pedro era de pavio curto, ou seja, de temperamento forte: não media as palavras quando sentia que tinha razão em uma discussão. Ele era do tipo amigos dos amigos e não media esforços para ajudar, e se portava com um ótimo inimigo dos desafetos.
As informações são de Roberto Gutierrez