Ao contrário da maioria dos países, o Brasil avançou na vacinação infantil e saiu da lista daqueles que somam mais crianças não imunizadas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgados nesta segunda-feira (15).
O relatório mostra que o número de crianças brasileiras que não receberam a DTP1 (difteria, tétano e coqueluche) caiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Já o número de crianças que não receberam a DTP3 saiu de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking com mais crianças não imunizadas.
O relatório usa como base a tríplice bacteriana infantil (DPT), aplicada em três doses, aqui oferecida como “pentavalente”, protegendo também contra hepatite B e haemophilus influenza tipo B. O imunizante é administrado pelo Programa Nacional de Imunizações como a vacina pentavalente. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.
Mundo
Já a cobertura global se mostrou estagnada neste último relatório. Ao todo, 2,7 milhões de crianças ficaram sem vacina ou com imunização incompleta, em comparação com os dados de 2019 — antes da pandemia da covid-19.
O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 108 milhões, que equivale a 84% de cobertura, enquanto o número de crianças que não receberam uma única dose da vacina aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.