Segundo a análise semana da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do milho apresentaram leve alta em algumas regiões do Brasil nesta semana. No Rio Grande do Sul, a média estadual se manteve estável, fechando em R$ 58,02 por saca, enquanto as principais praças do estado avançaram para R$ 57,00 por saca. Em outras partes do país, os valores oscilaram entre R$ 40,00 e R$ 59,00 por saca, refletindo a dinâmica regional do mercado.
Novas projeções para a safra brasileira de milho indicam que a produção total pode atingir 133,6 milhões de toneladas, um volume superior em cerca de 6 milhões de toneladas ao previsto pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Se confirmada, essa produção será 6% maior do que a colhida na safra anterior. A área total plantada deve alcançar 20,9 milhões de hectares, com uma produtividade média estimada de 6.400 quilos por hectare, desde que as condições climáticas sejam favoráveis.
A previsão para a safra de verão, que será colhida no início de 2025, é de 24,3 milhões de toneladas, um número inferior às 25,6 milhões do ciclo anterior. No entanto, a expectativa para a segunda safra (safrinha) de 2025 no Centro-Sul do Brasil é otimista, com uma produção estimada em 94,6 milhões de toneladas, superando as 85,9 milhões colhidas no ano passado.
Em termos de exportações, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, nos primeiros cinco dias úteis de setembro, o Brasil exportou 1,6 milhão de toneladas de milho, o que representa uma queda de 28,7% na média diária em comparação ao mesmo período do ano anterior. Para atingir a meta mínima de 40 milhões de toneladas exportadas até o final de 2024, o país ainda precisa vender 26 milhões de toneladas até janeiro, a fim de reduzir os estoques nacionais do grão. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que o Brasil exporte 6,5 milhões de toneladas de milho ao longo do mês de setembro.