O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou durante discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), realizada neste domingo (7) em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está vivendo uma “perseguição policial”.
“Vejam o que aconteceu na Venezuela, vejam o que aconteceu na Bolívia, vejam a perseguição policial que sofre Jair Bolsonaro aqui no Brasil”, afirmou Milei.
O chefe do Executivo Argentino criticou também o que chamou de “governos socialistas” que “acabam violando a liberdade e brincando com a vida”.
Ao longo do discurso, enfatizou sua preocupação com a liberdade em países da América Latina.
Afirmou que tem como objetivo defender a liberdade de expressão, que para ele é “valor fundamental da democracia e se encontra questionado nas principais potências do mundo sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar supostos direitos de algumas minorias ruidosas”.
Usou exemplos como Cuba, Nicarágua e Venezuela para criticar o que chamou de “ditaduras sanguinárias” e alertou que sociedade precisa “acordar” contra esse tipo de regime.
Ao seu lado, no palco, estava o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador de Santa Catarina Jorginho Melo (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), organizador do evento.
A despeito de críticas recentes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Milei não citou seu homólogo brasileiro. Recentemente, Lula afirmou que Milei deveria pedir desculpas por ter dito “muita bobagem”. Em seguida, o chefe de Estado Argentino reiterou considerar que o presidente brasileiro é “corrupto”.
Esta é a primeira vez que Milei vem ao Brasil desde que tomou posse como presidente da Argentina. Ele foi recebido por Jair Bolsonaro e sua família no último sábado (6), e não se encontrará com Lula.
Jogo com Bolsonaro
No sábado à noite, Milei assistiu ao jogo do Brasil contra o Uruguai, pelas quarta-de-final da Copa América, na companhia de Jair Bolsonaro, em um hotel em Balneário Camboriú onde ambos estão hospedados.
Também estavam presentes os governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo e Jorginho Mello, de Santa Catarina, além de integrantes do staff dos políticos. O Brasil foi eliminado na decisão por pênaltis, depois de empate em zero a zero no tempo regular.