“Não se sabe exatamente a causa, mas considera-se que possa ser desencadeada por uma mutação genética ou hereditária. Algumas variedades de hipertricose, como a hipertricose congênita, resultam de mutações genéticas com impacto no desenvolvimento dos pelos.”
O pediatra Nelson Ejzenbaum, membro da Academia Americana de Pediatria, afirma que a hipertricose genética pode aparecer já no nascimento da criança.
Já o quadro não hereditário pode ocorrer em qualquer período da vida, por razões hormonais, como ovários policísticos; na fase de crescimento; na adolescência; e até devido a tumores.
Entre os fatores que podem agravar a hipertricose, Viviane elenca os níveis altos de testosterona e o hipotireoidismo, além da má nutrição e do uso de alguns medicamentos.
“A gravidade da hipertricose pode alterar-se com o passar do tempo e o envelhecimento, mas, em geral, não costuma apresentar melhorias por si só. A persistência ou a melhora da hipertricose estão condicionadas às causas subjacentes da condição”, alega a tricologista.
O diagnóstico da hipertricose é feito de forma clínica, podendo incluir exames de sangue. O tratamento varia conforme a causa e pode incluir terapias hormonais e métodos de depilação, como o laser.
É importante manter o acompanhamento, de modo a avaliar o quadro e fazer os ajustes necessários.
Os profissionais ressaltam que a condição pode gerar prejuízos, principalmente psicossociais, afetando a autoestima e a saúde mental de quem tem hipertricose.
Além disso, pode haver uma maior sensibilização da pele e risco de infecções, a depender do método utilizado para a depilação.