Uma balsa carregada com cerca de 400 motocicletas segue encalhada no rio Madeira há aproximadamente 40 dias. A embarcação saiu de Manaus com previsão de chegada a Porto Velho no dia 24 de setembro, em uma viagem que normalmente dura cerca de 15 dias.
O rio Madeira forma um importante corredor logístico na região Norte, com mais de 1 mil km² de extensão navegável, de acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). No entanto, a seca antecipada tem dificultado a navegação. Na época em que a balsa encalhou, o nível do rio estava em 3,75 metros. Nesta quarta-feira (30), às 11h, o nível do rio estava em apenas 76 centímetros, com o menor nível já registrado sendo de 19 centímetros no dia 11 de outubro.
A situação tem afetado não apenas o transporte de motocicletas, mas também de grãos como milho e soja, e combustíveis como gasolina e diesel, com várias balsas paradas ao longo do rio à espera de melhores condições de navegação.
O cenário de um rio “inavegável” obrigou as concessionárias a mudarem a rota de transporte dos veículos. O trajeto, que antes era feito pelo rio entre Manaus e Porto Velho, agora foi alterado para Belém, chegando à capital de Rondônia por via terrestre, através da BR-364.
A seca extrema tem prejudicado o transporte de cargas no trecho entre Manaus e Porto Velho, impactando significativamente serviços como a venda de veículos. As autoridades e empresas de transporte continuam monitorando a situação, buscando alternativas para minimizar os prejuízos causados pela baixa navegabilidade do rio Madeira.