Um ataque israelense no sul do Líbano nesta segunda-feira (8) matou um comandante sênior da força de elite Radwan do Hezbollah, disseram três fontes de segurança à Reuters.
As fontes de segurança identificaram-no como Wissam al-Tawil, vice-chefe de uma unidade da força Radwan. Eles disseram que ele e outro combatente do Hezbollah foram mortos quando o carro foi atingido em um ataque na vila libanesa de Majdal Selm.
Não houve comentários imediatos de Israel.
Tawil foi um dos comandantes mais importantes do Hezbollah mortos nas hostilidades até agora, de acordo com outra fonte no Líbano familiarizada com o assunto.
O grupo distribuiu fotografias de Tawil com líderes do Hezbollah, incluindo o secretário-geral Sayyed Hassan Nasrallah e Imad Mughniyeh, o comandante militar do grupo que foi morto na Síria em 2008.
Outra foto o mostrava sentado ao lado do falecido líder da Força Quds iraniana, Qassem Soleimani, morto por um ataque de drone dos EUA em Bagdá há quatro anos.
“Esse é um ataque muito doloroso”, afirmou uma das fontes de segurança. O Hezbollah perdeu mais de 130 combatentes em bombardeios israelenses no sul do Líbano desde que o bombardeio começou, após o ataque do Hamas no território israelense em 7 de outubro.
As tensões na fronteira entre Israel e Líbano aumentaram desde que o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto por um drone nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, aliado do Hamas, num ataque amplamente atribuído a Israel.
O secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, alertou Israel em dois discursos televisionados na semana passada para não lançar uma guerra em grande escala contra o Líbano.
“Quem pensa em guerra conosco – em uma palavra, vai se arrepender”, disse Nasrallah.
No domingo, o vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, disse que o grupo não queria “iniciar uma guerra total, mas se Israel decidir travar uma guerra total contra nós, então nós no terreno responderemos com uma guerra total sem hesitação e com tudo o que temos”.
Dezenove combatentes do Hezbollah foram mortos na Síria desde o início das hostilidades.
A guerra Hamas-Israel atraiu grupos alinhados ao Irã em toda a região, com os Houthis do Iémen disparando contra navios no Mar Vermelho e lançando mísseis e drones contra Israel, e as milícias apoiadas por Teerã no Iraque atacando as forças dos EUA no Iraque e na Síria.