Quinta-feira, 28 de março de 2024 - Email: [email protected]




Assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips e a terra de ninguém



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Não é novidade para ninguém que esse crime bárbaro tomou conta dos noticiários nacionais e internacionais nos últimos dias, assim como é fato que o Indigenista Bruno Pereira e o Jornalista Dom Phillips foram assassinados e até já se tem réus confesso. O que falta vir à tona são os reais motivos, quem estaria por trás, e a quem interessaria a morte dessas pessoas.

Vendo de frente os fatos, e ouvindo relatos de indígenas, chega-se a conclusão que ali a região do Vale do Javari é uma terra de ninguém. Aonde a lei e a ordem são constantemente desrespeitadas, ali impera a lei da selva, não aquela contadas em estórias em que o rei leão, por ser o mais forte teria o domínio sobre os demais animais, mas sim aonde interesses escusos de pescadores, garimpeiros, caçadores e a retirada de madeiras ilegal informam a música e o tom de como se deve dançar naquela região.

O povo da floresta alerta que há pelo menos 30 anos tem sido assim. Muitas figuras que não tinham a influencia que esses dois tiveram, foram assassinadas e ninguém, nenhuma autoridade, muito menos a grande mídia denunciou os fatos, foi necessário que um ex servidor da Funai e um Jornalista Inglês tivessem um final trágico para se chamar a atenção do que acontece na região. Muitas outras pessoas perderam a vida, também de modo trágico no local, mas foram feitos ouvidos de mercador, e não se deu a devida atenção necessária.

É verdade que Bruno Pereira e Dom Phillips incomodava muitas pessoas, pois junto ao documentário que faziam, muitas denúncias eram realizadas, e isso intrigava muita gente. Estamos falando de uma região que faz fronteira com o Peru e a Colômbia, e segundo relatos a maior moeda no local seria a troca de mercadorias ilegais, fatos esses que demonstram o risco na região, e o jornalista britânico estaria documentando essas atividades ilegais, por outro lado o Indigenista teria participado de uma ação em que vária balsas de pescadores ou garimpeiros teriam sido queimadas, e portanto já era uma pessoa não grata na região.

Agora o mínimo que se espera é que os políticos locais e os agentes públicos não encerrem essa investigação somente porque descobriu quem matou, há a necessidade de se aprofundar, haja vista, que o que se houve, é que muita gente vive dessas ilegalidades na região do Vale do Javari, que algumas organizações criminosas estejam instaladas no local, e cabe as autoridades elucidar todo esse emblemático caso e dar uma satisfação ao povo brasileiro e até internacional, senão muitos Brunos e Phillips irão tombar e muitos outros “pelados” irão aparecer. Essa é apenas a ponta do iceberg.



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