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Aprenda dicas de como se alimentar para ter uma vida longa e saudável

Longevidade não é uma ciência exata e também depende da genética, mas certos hábitos e alimentos podem ajudar a viver mais



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Não existe uma abordagem única para todos, mas certos padrões alimentares estão mais associados a vidas mais longas do que outros
Bobbi Lin/The New York Times

Se os podcasts mais populares, os livros mais vendidos e a cultura dos influenciadores servem, de alguma forma, como um indicativo, milhões de pessoas estão obcecadas com a longevidade. Mas tão importante quanto isso é sua expectativa de uma vida saudável, ou o número de anos que você vive com boa saúde, disse Susan B. Roberts, decana associada sênior de pesquisa da Faculdade de Medicina Geisel, em Dartmouth. Ela explicou que a longevidade e a qualidade de vida são determinadas, em parte, pela genética. Mas a maneira como você vive a vida também é importante, incluindo quanto se exercita e dorme, se bebe em excesso ou fuma – e como se alimenta, acrescentou.

É claro que se alimentar para alcançar a longevidade não é uma ciência exata. É irrealista e possivelmente antiético que os pesquisadores peçam às pessoas que sigam religiosamente várias dietas durante décadas e depois verifiquem como foi a vida delas, afirmou Frank Hu, professor de nutrição e epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard. Mas os pesquisadores podem procurar associações entre os hábitos alimentares das pessoas e a saúde delas em longo prazo, completou.

Abaixo, as melhores dicas que temos sobre como se alimentar para ter uma vida longa e saudável.

Dê prioridade às proteínas, sobretudo as de origem vegetal

As pesquisas sugerem que quem consome mais proteína tende a viver mais tempo e a permanecer mais forte e saudável ao longo da vida do que quem ingere uma quantidade menor. Mas de onde você obtém sua proteína é importante. Fontes de origem vegetal, como leguminosas, nozes e grãos integrais, parecem ser especialmente benéficas, enquanto a proteína da carne vermelha e da carne processada tem sido associada a uma vida mais curta, escreveu em um e-mail Lars Fadnes, professor de saúde pública global da Universidade de Bergen, na Noruega.

A proteína é indispensável para manter os ossos e os músculos fortes, o que pode ajudar os idosos a permanecer ativos e evitar quedas e fraturas, disse Denise K. Houston, professora de gerontologia e medicina geriátrica da Faculdade de Medicina da Universidade Wake Forest. Ela e outros especialistas recomendaram que as pessoas com 65 anos ou mais consumam diariamente de 0,99 a 1,18 grama de proteína por quilo de peso corporal. Para um adulto de 68 quilos, isso se traduz em, aproximadamente, de 67 a 81 gramas de proteína. Para que o corpo possa absorvê-la e usá-la melhor, deve-se distribuí-la entre as refeições ao longo do dia, explicou a dra. Houston.

Incorpore nutrientes que fortalecem os ossos

Além da proteína, certifique-se de consumir uma quantidade suficiente de cálcio e vitamina D para ajudar na saúde óssea à medida que você envelhece, ensinou a dra. Roberts. O leite de vaca, assim como o leite vegetal fortificado, o suco de laranja e os cereais, podem ser boas fontes dos dois nutrientes. Também é possível encontrar cálcio no iogurte, no queijo, no tofu, nos feijões e nos vegetais de folhas verdes. Grande parte da sua vitamina D pode vir da exposição ao sol, mas alimentos como peixe, cogumelo e ovo podem fornecer quantidades adicionais. A dra. Houston recomendou obter o cálcio dos alimentos, se possível. Mas, se você estiver com deficiência de algum desses nutrientes, converse com seu médico para verificar se os suplementos são adequados para você.

Aumente a ingestão de polifenóis

Frutas, verduras, grãos integrais e outros alimentos vegetais, como oleaginosas e leguminosas, são ricos em polifenóis, compostos antioxidantes e anti-inflamatórios que, segundo alguns estudos, podem ajudar no envelhecimento saudável. O café, por exemplo, é uma excelente fonte de polifenóis. Beber de três a cinco xícaras diariamente tem sido associado a menores riscos de diabetes tipo 2, doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, doença de Parkinson, declínio cognitivo e morte precoce, informou o dr. Hu, acrescentando que o chá verde pode ter benefícios semelhantes, embora os estudos sejam menos conclusivos.



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