À CPMI, afirmou que “houve falha grave na execução” dos protocolos de segurança no 8 de janeiro, o que teria possibilitado as invasões. O ex-ministro disse também que não recebeu informações sobre a gravidade da situação antes de viajar com a família para os Estados Unidos, no dia 6.
Essa é a quarta vez que o depoimento de Torres é marcado no colegiado da Câmara Legislativa. Na primeira convocação (9 de março), o ex-ministro estava preso e solicitou ao STF que não fosse obrigado a comparecer, o que foi concedido. Na segunda (16 de março), a data coincidiu com o depoimento dele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na terceira (23 de março), Torres informou ao STF que não queria prestar depoimento por não ter “nada a acrescentar”.
Relembre o caso
Anderson Torres foi nomeado secretário de Segurança Pública do DF (SSP) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) no dia 2 de janeiro, ao deixar o governo federal. Ele foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro e havia conduzido a SSP entre 2019 e 2021.
No dia 6, dois dias antes dos atos, o então secretário viajou com a família para o Estados Unidos de férias. Ele foi exonerado do cargo no mesmo dia dos atos e teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 10.
Torres foi preso preventivamente no dia 14 de janeiro ao desembarcar dos Estados Unidos e permaneceu detido até 11 de maio, quando foi liberado com liberdade provisória. Desde então, o ex-secretário usa tornozeleira eletrônica, está com o porte de arma de fogo suspenso e não pode deixar o país, usar redes sociais ou manter contato com os outros investigados no inquérito.