Assim como o Segundo News havia divulgado na semana passada, que havia uma morosidade nas respostas da Procuradoria Geral da República (PGR), aos advogados do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que estaria doente e chorando muito na prisão, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou pensar a mesma coisa.
Pelo menos é isso que foi subentendido a partir de uma determinação dele, nesta quarta-feira, dia 12 de abril, quando deu prazo de cinco dias para a PGR se manifestar sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Após receber o parecer da PGR, o ministro deve decidir a questão. Não há prazo para uma tomada de decisão. Na segunda-feira, dia 10 de abril, os advogados afirmaram ao Supremo que Torres não oferece risco às investigações e pediram que a prisão fosse substituída por medidas cautelares.
Ele está preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 daquele mês. Na ocasião, Torres estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.
No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados.
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