No último dia 30, a Aneel havia dito que seria aplicada a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara entre todas as existente. Ela tem acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatt-hora consumidos. A redução no valor para baixo foi ocasionada por uma “correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS)”.
A aplicação da bandeira vermelha existe para suportar o aumento ocasionado pelo acionamento das usinas termelétricas, que têm operação mais cara. No fim de agosto, o ONS divulgou uma recomendação para que as termelétricas sejam acionadas. A medida é para manter a disponibilidade de energia elétrica diante da redução nos reservatórios das hidrelétricas.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, afirmou a Aneel ao justificar a aplicação da bandeira vermelha no fim de agosto.
Além da escassez das chuvas, as ondas de calor impulsionam o consumo energético, provocado principalmente pelos aparelhos de ar-condicionado.
No mês de agosto não houve acréscimo na conta, pois foi aplicada a bandeira verde. Em julho, já havia sido acionada a bandeira amarela.