Durante os meses de junho e julho, as festas juninas e julinas enchem o Brasil de alegria, música e delícias culinárias, com o amendoim ocupando um lugar de destaque nessas celebrações. Historicamente, até a década de 1970, o amendoim brasileiro era principalmente utilizado na produção de óleo refinado de cozinha. No entanto, com a chegada da soja, um produto mais econômico, o amendoim foi gradualmente substituído, e hoje o óleo de soja é predominante. Isso fez com que o amendoim se tornasse um produto de nicho, principalmente utilizado na confeitaria e no consumo humano em diversas formas, incluindo nas tradicionais guloseimas das festas juninas.
Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 07 a 13 de junho, a produção nacional de amendoim vem crescendo consistentemente. Entre a década de 1980 e o início dos anos 2000, a produção manteve-se estável, mas a partir de 2014, observou-se um aumento significativo na área plantada, com uma média de 11% ao ano. Para a safra atual, estima-se que sejam plantados 248,2 mil hectares no Brasil, a segunda maior área desde o início da série histórica em 1976.
A produção nacional de amendoim deve atingir 758 mil toneladas na safra 2023/24, com o Estado de São Paulo liderando a produção, contribuindo com 80% do total. O segundo maior produtor é o Estado do Mato Grosso do Sul, com 81,6 mil toneladas ou 11% do total.
No Paraná, a produção nesta safra deve alcançar 8 mil toneladas, representando cerca de 1% da produção nacional. Apesar do volume relativamente pequeno, a safra atual registra a maior área plantada dos últimos 12 anos no estado, com 2,6 mil hectares. A região de Paranavaí é a principal produtora de amendoim, com uma participação significativa de mais de 77% em área e 81% em produção.