“Se fosse um automóvel, teria sido esmagado”, disse um caminhoneiro. Cargueiro apresentou problemas mecânicos e voltou de ré.
O acidente envolvendo dois caminhões carregados no km-411 da BR-364, na afamada ‘curva da morte’, entre Jaru e Ouro Preto do Oeste (RO) chama a atenção para a necessidade de uma duplicação de toda a rodovia federal em Rondônia, o mais rápido possível.
Durante o registro da ocorrência, um caminhoneiro disse que, “se fosse um automóvel que estivesse atrás do caminhão caçamba, marca Mercedes, com toda certeza teria sido esmagado pelo cargueiro”.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) o motorista do caminhão que provocou o acidente, disse que o veículo sofreu uma pane na caixa de marchas, por isso voltou de ré e atingiu outro caminhão que seguia logo atras. “Felizmente não era um veículo de porte menor”.
Ninguém se feriu no acidente, apenas danos materiais, paralisação parcial do tráfego e congestionamento, devido ao bloqueio de uma das pistas, mas fica o alerta para os riscos que correm as pessoas que trafegam pela rodovia sem duplicação, especialmente no trecho entre Jaru e Ouro Preto.
Privatização
Está prevista a privatização da BR-364, trecho que compreende os municípios de Vilhena até Porto Velho, em torno de 720 km. Segundo informações de um senador, apenas 15% desse trecho será duplicado nos primeiros cinco anos da privatização, que dá concessão de 30 anos para a empresa administrar a BR-364, em Rondônia.
Outra situação que chama a atenção, é o preço do pedágio. A cada 100 km terá uma praça de pedágio, totalizando sete praças entre Vilhena e Porto Velho. Os caminhões com até nove eixos, terão de pagar pela ida e volta, R$ 1,4 mil, conforme o senador.
Os veículos considerados leves, no mesmo trecho, em torno de R$ 160, ida e volta. Além do preço elevado, considerado dispendioso, outro fator negativo e que poderá onerar o Estado, são os prazos para investimentos nas melhorias que a rodovia precisa para o ano passado.
Apenas 113 km serão duplicados, justamente o trecho entre Jaru e Presidente Médici, considerados os mais críticos e severos da BR-364, com maior número de acidentes registrados em toda a sua história.
O trecho da curva da morte entra nesse projeto de duplicação, mas as obras poderão ser feitas até cinco anos após a privatização, o que implica bastante, já que o pedágio será cobrado logo que a concessionaria assumir.