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A Europa despreza Neymar. Outra vez, nem entre os 30 melhores da Bola de Ouro. Chance de ser o melhor, só se ganhar a Copa de 26

Pelo segundo ano seguido, a France Football não coloca Neymar nem entre os 30 melhores do mundo. Jornalistas europeus não valorizam o brasileiro, principalmente os franceses. A chance de reviravolta, só ganhando a Copa



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Torcedores quase derrubaram muros do estádio Mangueirão.

Pelo simples direito de ver Neymar, ontem em Belém.

Enquanto isso, Fernando Diniz cumpria a promessa feita ao jogador do Al-Hilal, e, tentando imitar o que o treinador Lionel Scaloni fez com Messi, na Copa do Catar, montou o time que enfrentará a Bolívia amanhã ao redor do camisa 10.

Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Neymar e Rodrygo; Raphinha e Richarlison.

Enquanto o Brasil tratava Neymar com a velha reverência, que remonta a 2011, quando começou a ser convocado constantemente, a Europa deixava claro que não enxerga mais o brasileiro como um dos grandes jogadores do mundo.

Na lista dos 30 melhores jogadores escolhidos pela revista France Football, divulgada ontem, pela segunda vez consecutiva, seu nome não estava entre os escolhidos.

A votação é muito representativa.

Essa primeira lista de 30 melhores da temporada passada 2022/2023 é feita apenas por jornalistas da revista francesa. Depois, a partir desses 30 nomes, 180 profissionais de imprensa do mundo todo escolhem os três melhores. E daí surge o vencedor da Bola de Ouro.

O histórico de Neymar nesta votação é representativo.

Entre 2011 e 2015, havia a unificação entre o melhor do mundo pela France Football e a Fifa.

Em 2011, jogando ainda no Santos, ficou em 11º.

Em 2012, 13º.

Em 2013, 5º.

Em 2014, 7º.

Em 2015, 3º.

Em 2016, 5º.

Em 2017,3º.

Em 2018, 12º.

Em 2019, não ficou entre os 30.

Em 2020, não houve votação por causa da pandemia.

Em 2021, 16º colocado.

E em 2022 e 2023 não conseguiu, de novo, ficar nem sequer entre os 30 melhores.

Estes foram os escolhidos neste ano.

Deles, 29 atuam na Europa.

Só Benzema foi indicado, na Liga Saudita, mas pelo que fez no Real Madrid.

Gvardiol (Croácia/RB Leipzig/Manchester City)
Onana (Camarões/Inter de Milão/Manchester United)
Benzema (França/Real Madrid/Al-Ittihad)
Musiala (Alemanha/Bayern de Munique)
Salah (Egito/Liverpool)
Bukayo Saka (Inglaterra/Arsenal)
De Bruyne (Bélgica/Manchester City)
Bellingham (Inglaterra/Borussia Dortmund/Real Madrid)
Kolo Muani (França/Eintracht Frankfurt/PSG)

Bernardo Silva (Portugal/Manchester City)
Kvaratskhelia (Geórgia/Napoli)
Barella (Itália/Inter de Milão)
Emiliano Martínez (Argentina/Aston Villa)
Rúben Dias (Portugal/Manchester City)
Haaland (Noruega/Manchester City)
Gündogan (Alemanha/Manchester City/Barcelona)
Odegaard (Noruega/Arsenal)
Bono (Marrocos/Sevilla/Al-Nassr)
Julián Álvarez (Argentina/Manchester City)
Vinicius Jr. (Brasil/Real Madrid)
Rodri (Espanha/Manchester City)

Griezmann (França/Atlético de Madrid)
Messi (Argentina/PSG/Inter Miami)
Lautaro Martínez (Argentina/Inter de Milão)
Lewandowski (Polônia/Barcelona)
Kim Min-jae (Coreia do Sul/Napoli/Bayern de Munique)
Modric (Croácia/Real Madrid)
Mbappé (França/PSG)
Osimhen (Nigéria/Napoli)
Kane (Inglaterra/Tottenham/Bayern de Munique)

Com a transferência para o futebol saudita, disputando uma liga ainda irrelevante, em relação à nata da Europa, Neymar terá ainda menos chances de lutar pelo seu sonho de ser o melhor do mundo.

A votação da France Football leva em consideração, principalmente, a Champions League. Mas nos anos posteriores às Copas, o Mundial da Fifa também ganha relevância.

Daí os bastidores apontarem que a briga deverá ser entre Messi e Haaland.

Ou seja, a maior chance para que Neymar se destaque e possa sonhar com uma reviravolta na fase final de sua carreira, já tem 31 anos e meio, está na Seleção Brasileira.

O título da Copa do Mundo dos Estados Unidos, com um desempenho marcante, como foi o de Messi, no Catar, se tornou a única fórmula para o brasileiro convencer merecer ser chamado de melhor do mundo.

Porque atuando na Europa, no Barcelona, e depois no PSG, a imprensa do Velho Continente, principalmente a francesa, desprezou o brasileiro.

Nas coberturas das Copas do Mundo de 2014, 2018 e 2022, pude perceber a implicância com Neymar.

Ela vinha das simulações, do egoísmo, dos dribles desnecessários que matavam contragolpes dos seus times e da própria Seleção Brasileira, dos chiliques com os árbitros e as provocações aos adversários.

A imagem de Neymar é péssima entre os jornalistas europeus. Principalmente os franceses, que conviveram com ele durante seis anos: entre 2017 e 2023.

Por isso, a rigidez com que é julgado.

Principalmente pela France Football, dona da prestigiada Bola de Ouro.

O PSG fez de tudo para negociar o brasileiro nesta temporada.

O tentou incluir em várias negociações, mas ele foi rejeitado por grandes clubes. Inclusive o Barcelona. O treinador Xavi, que foi seu companheiro dentro de campo, negou a chance de retorno.

Neymar sabe.

A única chance real para ser melhor do mundo dependerá da Copa dos Estados Unidos.

Por isso, o trabalho até lá de Fernando Diniz, Ancelotti, ou quem quer que a CBF leve ao Mundial, tem de ser perfeito.

Ou o sonho de ser protagonista no planeta nunca deixará de ser apenas sonho.

Essa foi a trajetória que ele mesmo seguiu.

Apesar do seu talento fora do normal…



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