Há exatos 22 anos o mundo se chocava com um dos maiores atentados da história dos Estados Unidos. Na data, 19 terroristas do grupo Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais com passageiros a bordo para missões suicidas. Duas aeronaves colidiram intencionalmente contra as Torres Gêmeas (prédios do complexo World Trade Center), em Nova York, enquanto outra se chocou contra o Pentágono, em Washington. O outro avião, que tinha como alvo a Casa Branca, caiu em campo aberto, na Pensilvânia.
Ao todo, 2.977 pessoas de mais de 90 nacionalidades foram mortas durantes os atentados e mais de 7 mil ficaram feridas. A tragédia provocou mudanças nos protocolos de segurança dos aeroportos do mundo inteiro, uma vez que a regulamentação de aviação civil é globalmente integrada. Uma das primeiras medidas foi a facilitação de operações de vigilância em serviços de comunicação, como telefones e internet, sem a necessidade de autorizações judiciais explícitas, bem como o controle de viajantes na área de embarque.
A revista de passageiros também se tornou mais rigorosa, com a instalação e modernização de detectores de metal e aparelhos de Raio-X. Em alguns países, como os Estados Unidos, muitos aeroportos já utilizam scanners de corpo inteiro. Em 2006, os líquidos passaram a ser restritos a 100 mL, depois que a polícia britânica frustrou um plano terrorista de utilizar líquidos explosivos em um voo transatlântico. Para entrar no avião, todos os passageiros precisam apresentar um documento de identidade junto ao cartão de embarque.
Outro ponto que recebeu maior atenção foi a fiscalização de malas, incluindo a bagagem de mão, e os despachos. Agora, as companhias aéreas conferem se todos os passageiros que despacharam as malas estão a bordo do avião, evitando possíveis tentativas de ataques. Algumas empresas, como a israelense El Al ou a francesa Air France, também contam com o trabalho de agentes de segurança especialmente treinados que se instalam, à paisana, entre os demais passageiros em alguns voos.
Dentro do avião, a cabine de comando passou a ter a porta blindada e o acesso restrito para evitar o sequestro dos aviões. Segundo a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o protocolo é que a porta permaneça fechada durante todo o voo, podendo ser aberta apenas pelos pilotos – que dispõem de equipamento de vídeo para ver quem está do lado de fora da cabine. Com isso, a comunicação entre os pilotos, passageiros e tripulação ocorre apenas por meio do sistema de som do avião.